A COMARCA DO NORTE - A Comarca de São João da Palma - Segurado.
A existência da povoação na confluência dos rios Paranã e Palma, data de fins do século XVII, quando os padres da Companhia de Jesus, subindo o Rio Tocantins, fundaram as aldeias missionárias.
Em 1734, expulsos os gentios, essas aldeias deram lugar às fazendas de gado, vacum e cavalar. Em 1740 os índios destruiram o arraial, mas o português Félix Camoa, procedennte de Belém do Pará, com pequena comitiiva, e pretextando explorar minérios, acampa no local e denomina São Félix de Cantalício se auto homenageando e a São Félix, a mais próspera cidade da então província de Goiás.
Por alvará de 18 de março de 1809, o Príncipe - Regente, D. João, divide a . Província de Goyaz em duas unidades federais, a do Sul com sede em Vila Boa. A do Norte recebe o nome de Comarca de São João das Duas Barras com simultânea criação da Vila do mesmo nome. Esta vila seria erigiida na confuência dos rios Tocantins e Tocaiúnas abaixo da povoação de São João da Foz do Araguaia, e sua finalidade era servir de cabeça da Comarca do Norte.
A Vila de São João das Duas Barras deveria servir de apoio à navegação do Tocantins e do Araguaia. Foi também inspirada na necessidade de fortalecer a arrecadação do quinto, imposto cobrado pelo governo imperial sobre a exploraçao mineral, e no exercício do judiciário que se constituiam em duas formas de controle da Comarca.
A Comarca do Norte compreendia duas vilas, doze arraiais mais prósperos e dezesseis menores, além de três aldeamentos catequéticos distribuídos por nove jurisdições. A Comarca do Norte foi a semente que 179 anos depois se transformou no sonhado Estado do Tocantins.
Referência: Livro PARANATINGA, de Cleusa S B Bezerra.
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